Por que a tal sensação inebriante? Qual seria a compensação para tudo isso? Gostaria que fossem perguntas retóricas, assim eu entenderia tudo como uma motivação pra esse meu desentendimento comigo mesma. Todo esse ódio momentâneo que poderia ser aliviado por um simples abraço, mas um contato com a pessoa certa, ou errada talvez, poderia ter um poder imenso, de fazer todas as sensações se misturarem, o prazer por estar feliz, e o ódio por mim mesma.
É estranho eu estar acompanhando isso por muito tempo, era estável, sem eu perceber.
E são tantas coisas me incomodando, as coisas não eram assim antes. Medo do que as pessoas pensam. Se eu passo uma imagem totalmente diferente da que realmente sou, um alívio apenas para os que me conhecem, o modo que eu vejo as coisas se assemelham a um campo minado. Entre caminhos, pessoas, coisas, certas e erradas. Eu queria que as coisas não fossem assim, definidas pelo seu comportamento e jeito de se vestir, até pelo gosto musical, cor, aparência...
Muitas coisas realmente são importantes, e até pode te favorecer, pois é possível ser quem não somos?
Acredito que sim, mentira não é o meu forte, isso é bom, às vezes, pequenas mentiras que você não consegue ao menos disfarçar, às vezes são necessárias, mais tudo esta bem assim.
Há uma grande diferença em mudar, e ser o que não é. Querer mudar é fácil, o difícil é ter a força de vontade para tornar tudo isso possível, com uma alta estima verdadeira. Tentar ser o que não somos é como andar numa corda bamba imaginária, onde só nós nos vemos cair. Não gosto de nada disso, inclusive a falsidade. Certas pessoas são naturalmente e visivelmente falsas.
Faz de conta que um dia eu poderei expressar tudo o que eu sinto, e ter a liberdade de poder fazer o certo, fazer o que realmente deve ser feito, e o que eu quero fazer. Sigo pensando que isso está breve, ou talvez isso já esteja acontecendo sem ao menos eu perceber. Talvez isso nem exista, mas continuo acreditando no faz de conta, pois é mais um motivo pra se ter certeza de que eu vou mudar de idéia, e que tudo isso vai acabar, por que só o tempo pode dizer isso.
Mas enfim, onde estava todo aquele ódio? E como ele passou tão rápido sem eu nem perceber?
A conclusão é que o ódio por si é passageiro e imediato, uma coisa que não transparece, enquanto temos aquela idéia fixa na cabeça, e vivemos para aquilo, cada vez pensamos mais e criamos mais motivos para odiar. O fato é ao menos tentar esquecer e viver para coisas que nos fortalecem. Apesar de ser muito difícil tentar desviar todo esse transtorno que nos rodeia.
Entenda toda essa postagem da forma que quiser, mas não a interprete de forma alguma, pois eu não tentei passar nenhuma mensagem a ninguém. O cansaço está me afetando, ou seria a cafeína? Em vez de eu ficar tentando achar motivos as minhas atitudes, vou pensar, e descansar...
#Belly